Josep Guardiola...

... para muitos, somente Pep, torna-se hoje campeão da liga europeia de clubes e logo, no primeiro ano como treinador de uma equipa sénior.

Enveredasse eu pelo mundo futebolístico e nada mais me daria tanto prazer, do que seguir as pegadas deste meu idolatrado, que à magnífica carreira como jogador (onde venceu tudo o que havia para vencer) junta agora, um feito inigualável: O triplete, só ao alcance de alguém extremamente perfeccionista e dedicado. Aliás, sobre esta fixação quase compulsiva pela perfeição é curioso ler a seguinte notícia do Publico:

Foi a própria mãe que mostrou a foto, tirada em 1986, ao El País. No registo, o jovem futebolista recebe, das mãos do presidente do Barcelona, o troféu de melhor jogador num torneio juvenil. Um momento aparentemente feliz. Mas, olhando com atenção, descobrem-se as lágrimas a correr na face do premiado. "Tinha falhado um penálti na final que o Barcelona venceu", explica Dolors Sala."

Uma coisa parece ser inegável!!! Guadiola com este gigantesco sucesso não só divisa o estatuto de lenda, um símbolo catalão e do espírito culé como, já é visto como alguém que reinventou o futebol, alguém capaz de apresentar um "futebol champanhe" que já não se via, desde os tempos de Arrigo Sachi no Milan de Van Basten, Rijkaard e Gullit.

Provou que se pode agradar os adeptos e ter êxito com uma equipa em que a qualidade técnica e a organização se sobrepõem a tudo o resto, e em que os mais capazes são os mais lúcidos e os mais inteligentes.

Para finalizar, fica aqui outro admirável episódio comprovativo do insofismável carácter do detentor da mítica camisola 4:

"Por vontade própria, deixou o clube catalão em 2001, mas não cativou a atenção dos grandes clubes. Acabou por assinar pelos italianos do Brescia, onde, em 2007, teve uma análise positiva de nandrolona. No mesmo dia, telefonou a um amigo a pedir um bom advogado e passou a madrugada a documentar-se. Seis anos mais tarde, o tribunal absolveu-o, tendo ficado célebre uma frase que dirigiu ao juiz: "Por favor, deixe de ler a Gazzetta [dello Sport] e olhe-me nos olhos". No último sábado, também a federação italiana acabou por lhe dar razão."

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