Paracetamol, Semáforo, Doctor, Figo ou Mariano Monamour são exemplos de nomes que os romenos vão deixar de poder atribuir aos seus filhos. O novo Código Civil, em vigor desde este mês de Outubro, veio livrar de futuras vergonhas os recém-nascidos.
Até aqui, era assim: os romenos tinham a liberdade de atribuir aos seus filhos os nomes que bem entendessem. Por isso, não é de estranhar que, na Roménia, exista quem se chame Hitler, Lixo, Mamilo, Morto, Polícia e... Bom, até nem falta quem se chame Cu.
A agência noticiosa Efe deu-se ao cuidado de percorrer o Anuário Estatístico de 2010, e deu com 611 pessoas chamadas de Touronegro, 581 Mortes e três chamados Colhão. E também encontraram nomes dedicados às instituições do Estado e aos profissionais que ajudam a melhorar a vida dos cidadãos. Então, não falta quem se chame Justiça, Polícia, Bombeiro e, inclusive, Ambulância.
E há também pais que, visionando um futuro brilhante para os filhos, foram logo pondo-lhes os nomes de Presidente ou Ministro.
Como não podia deixar de ser, o futebol é sempre uma boa fonte inspiradora. Daí que se tenham multiplicado os Beckham, Figo e Zidane.
A partir de agora, a imaginação até aqui infinita dos pais romenos passa a ter limites. O artigo 84 do novo Código Civil, no seu ponto 2, passa a proibir aos funcionários civis do Estado "nomes indecentes, ridículos e outros que afectem a ordem pública, os bons costumes ou os interesses da criança".