Para que não aconteça o mesmo que aconteceu no acto transacto, ou seja, que a mais pura das artes caia no esquecimento, aqui ficam os primeiros grandes sons de 2010:
"July flame" - Laura Veirs
"Lovesick" - Lindstrøm & Christabelle
"Cousins" - Vampire Weekend
Qualquer outra musica deste segundo e muito aguardado álbum dos Vampire Weekend poderia estar aqui. Fiquemo-nos com esta pelo videoclip:
So long, Coco. In Conan O’Brien’s final comments to viewers tonight, the comedian thanked his fans for their support and — despite a protracted and ugly negotiation – gave a shout-out to NBC, his home for more than 20 years. Here is tonight’s final monologue:
"Ladies and gentleman, we have exactly one hour to steal every single item in this studio. We’ve a had a lot of fun being here these last 7 months, but like everything in life, the fun has to come to an end a decade too early. The terms of my settlement say that I can’t host another show for 7 months. So next week look forward to the `Andy Richter Show’ with his sidekick, me! As I set off for exciting new career opportunities, I just want to make one thing clear to everyone listening out there: I will do nudity."
Porque 2009 foi fértil em grandes músicas... aliás!!! Houvesse tempo e acho inclusive que em cada dia do ano passado daria para colocar no blogue um som merecedor de atenção. Como tal não foi possível, fiquemo-nos apenas pelos 3 grandes discos de ano transacto. Ora em terceiro lugar ficaram os The xx com o álbum "xx":
Descobri agora que os bilhetes para o concerto dos The XX no Porto, a decorrer no dia 26 de Maio, na Casa da Música, foram colocados à venda ontem, dia 21 de Janeiro, pelas 10h00. Vamos lá ver se ainda sobraram alguns para hoje.
Em segundo lugar Grizzly Bear com o álbum "Veckatimest":
E em primeiro lugar, algo que me enche de enorme orgulho patriota. Falo de B Fachada com o álbum "B Fachada"... e não se deixem enganar!!!
Há uma mão cheia de meses B Fachada confirmou, no álbum de estreia "Um Fim de Semana no Pónei Dourado", que o que antes semeara nos seus interessantes EPs de apresentação (que remontam a 2007) se começava a transformar numa boa colheita.
Ninguém imaginava, contudo, que meses volvidos sobre tão promissora estreia em álbum nos apresentaria, não apenas um segundo longa-duração, mas um disco com a dimensão maior deste B Fachada. E há muito que a música portuguesa não ouvia um disco de canções originais deste calibre, firme em todas as marcas autorais já antes lançadas, mas capaz de lhes acrescentar novo domínio sobre a sua arte final. Se aqui ganha forma o destino que B Fachada procurava para a sua música (e parece que sim), então este é mesmo o primeiro disco do resto da sua vida, os anteriores promovendo agora um contar de uma primeira etapa de uma história que, está visto, tem mais contos para contar…
Pelo caminho não houve solavancos nem inversões de marcha. Antes o estabelecer de um rumo a caminho de um esforço de carpintaria mais delicada, trabalhando não apenas a escrita das canções com mais evidente solidez narrativa e segura construção melódica, mas também investindo em arranjos que, sem afogar as ideias, as vestem mais a primor.
O álbum, a que justificadamente dá apenas o seu nome, confirma o músico como um cantautor capaz de traduzir o seu tempo e o seu universo, integrando-os numa história que não só acredita no que vem a seguir, como sabe que houve um antes que justifica, afinal, quem é B Fachada. De resto, a deliciosa citação à Queda do Império de Vitorino em A Velha Europa mostra sinais de como é da aceitação e assimilação de heranças que se define a continuidade de uma história que não começou há meia dúzia de meses…
Tempo Para Cantar ou Estar À Espera ou Procurar são apenas possíveis exemplos do absoluto domínio da escrita de canções, instantes apenas numa coesa colecção de canções onde não cabe um instante menor. Estraga-se assim o efeito-surpresa que uma escudela mais desatenta poderia experienciar, mas o certo é que está aqui encontrado o melhor disco deste ano! E caramba!!! Isto é produção Nacional:
"Observando a proliferação de imagens do Haiti, percebemos a lógica perversa da nossa “estética de auto-estrada”: quando dois carros chocam, imediatamente se formam filas imensas, não porque alguém vá fazer alguma coisa, mas porque o acidente envolve alguma atracção. Claro que ninguém fala disso: vivemos num quotidiano de compulsiva “purificação”, onde até os comentadores de futebol acreditam que há golos “justos” e “injustos”. O certo é que a atracção pela devastação, cujo limite impensável é a contemplação vitoriosa da morte, faz parte do bilhete de identidade humano. Nada que o avô Freud não nos tenha ensinado no princípio do outro século.
O certo é que Freud não programa as televisões. E há uma frase feita para resumir este status quo: “Tudo é espectáculo!”. Mas a frase é redutora, já que não há cumplicidade possível entre o sinistro espectáculo do Big Brother e seus derivados e uma ópera de Verdi ou um musical da Metro Goldwyn Mayer. As televisões agem como se a realidade fosse automaticamente espectacular. Daí que não faça sentido discutir a informação televisiva avaliando se mostra “muito” ou “pouco”. Não é a quantidade das imagens que está em causa, mas o modo de as olhar, integrar e difundir. Na certeza de que todos queremos ver e saber mais sobre o Haiti.
As imagens repetidas, tendencialmente redundantes, pouco ou nada têm a ver com a paixão do conhecimento. Decorrem do mesmo infantilismo jornalístico do repórter que, à entrada de um estádio, faz um directo sobre as claques e proclama: “Ainda não há confrontos!” Ou seja: esperem um pouco, que isto ainda vai dar sangue. Jornalismo da catástrofe, jornalismo para a catástrofe."
Host Ricky Gervais’ opening monologue gently attacked Steve Carell and the American version of The Office, a show he created which he mentioned that some people in the forums believe jumped the shark. He also took some fun jabs at NBC.
Martin Scorsese Tribute Montage and Golden Globes Award Acceptance Speech:
Actress Sigourney Weaver hosted last evening’s show, which featured three separate Avatar-related sketches. James Cameron even stopped by to tout his next “game-changing” film, Laser Cats.
Velho aforismo cinéfilo: "o trailer não faz o filme". O que, evidentemente, não nos impede de admirar o melhor das artes promocionais (... e esperar pelos resultados). Este bem que poderá ser um dos melhores de 2010: falo mais uma vez de Inception, novo filme escrito e realizado por Christopher Nolan, um thriller de ficção científica protagonizado por Leonardo DiCaprio, com lançamento marcado para o Verão do próximo ano.
Com isto, e em consonância com o que ocorreu o ano passado, aproveito para revelar a lista dos melhores filmes que vi em 2009. Ora aqui vai:
Låt den rätte komma in Rachel Getting Married The Curious Case of Benjamin Button Coraline Home Elegy Martyrs Watchmen (ultimate cut) I Love You, Man Star Trek Up Drag Me to Hell Okuribito Eden Lake Away We Go Role Models Food, Inc. The Hangover Moon
The Hurt Locker Public Enemies Ice Age: Dawn of the Dinosaurs (500) Days of Summer Orphan In the Loop Funny People A Perfect Getaway District 9 Ponyo Zombieland Inglourious Basterds Cloudy with a Chance of Meatballs Pandorum
Where the Wild Things Are Das weisse Band - Eine deutsche Kindergeschichte Antichrist Avatar Sherlock Holmes Up in the Air A Serious Man
Ficaram por ver: Sin Nombre; Tôkyô sonata; Tetro; Whatever Works; The Cove; Bakjwi; Cold Souls; It Might Get Loud; Big Fan; Bright Star; The Informant!; An Education; New York, I Love You; Black Dynamite; Fantastic Mr. Fox; The Messenger; The Road; Invictus; Ninja Assassin; A Single Man; The Imaginarium of Doctor Parnassus.
2009 prometia ser um grande ano para a 7ª arte, recheado de filmes para todos os gostos e feitios. Agora que o ano está prestes a terminar, posso afirmá-lo:
A imagem fala por si só... ou achavam que não tinha coragem de mostrar a minha carinha "larocas"... lembro que este blog, mais não é, que uma tresloucada exercitação narcisista…