Discos de 2009

Porque 2009 foi fértil em grandes músicas... aliás!!! Houvesse tempo e acho inclusive que em cada dia do ano passado daria para colocar no blogue um som merecedor de atenção. Como tal não foi possível, fiquemo-nos apenas pelos 3 grandes discos de ano transacto. Ora em terceiro lugar ficaram os The xx com o álbum "xx":




Descobri agora que os bilhetes para o concerto dos The XX no Porto, a decorrer no dia 26 de Maio, na Casa da Música, foram colocados à venda ontem, dia 21 de Janeiro, pelas 10h00. Vamos lá ver se ainda sobraram alguns para hoje.

Em segundo lugar Grizzly Bear com o álbum "Veckatimest":




E em primeiro lugar, algo que me enche de enorme orgulho patriota. Falo de B Fachada com o álbum "B Fachada"... e não se deixem enganar!!!


Há uma mão cheia de meses B Fachada confirmou, no álbum de estreia "Um Fim de Semana no Pónei Dourado", que o que antes semeara nos seus interessantes EPs de apresentação (que remontam a 2007) se começava a transformar numa boa colheita.

Ninguém imaginava, contudo, que meses volvidos sobre tão promissora estreia em álbum nos apresentaria, não apenas um segundo longa-duração, mas um disco com a dimensão maior deste B Fachada. E há muito que a música portuguesa não ouvia um disco de canções originais deste calibre, firme em todas as marcas autorais já antes lançadas, mas capaz de lhes acrescentar novo domínio sobre a sua arte final. Se aqui ganha forma o destino que B Fachada procurava para a sua música (e parece que sim), então este é mesmo o primeiro disco do resto da sua vida, os anteriores promovendo agora um contar de uma primeira etapa de uma história que, está visto, tem mais contos para contar…

Pelo caminho não houve solavancos nem inversões de marcha. Antes o estabelecer de um rumo a caminho de um esforço de carpintaria mais delicada, trabalhando não apenas a escrita das canções com mais evidente solidez narrativa e segura construção melódica, mas também investindo em arranjos que, sem afogar as ideias, as vestem mais a primor.

O álbum, a que justificadamente dá apenas o seu nome, confirma o músico como um cantautor capaz de traduzir o seu tempo e o seu universo, integrando-os numa história que não só acredita no que vem a seguir, como sabe que houve um antes que justifica, afinal, quem é B Fachada. De resto, a deliciosa citação à Queda do Império de Vitorino em A Velha Europa mostra sinais de como é da aceitação e assimilação de heranças que se define a continuidade de uma história que não começou há meia dúzia de meses…

Tempo Para Cantar ou Estar À Espera ou Procurar são apenas possíveis exemplos do absoluto domínio da escrita de canções, instantes apenas numa coesa colecção de canções onde não cabe um instante menor. Estraga-se assim o efeito-surpresa que uma escudela mais desatenta poderia experienciar, mas o certo é que está aqui encontrado o melhor disco deste ano! E caramba!!! Isto é produção Nacional:















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