...pronto, não foi assim tão mau pois até ganhei o jogo!
No entanto nem tudo são rosas, e como alguém tem de assumir o protagonismo de “bombo da festa”, desta vez calhou-me a mim sentir na pele como é ser o alvo das atenções.
E… pumba… em apenas um milésimo de segundo todo o meu corpanzil, por falta de atrito de umas chuteiras, teve a possibilidade de ser projectado no ar, e, no instante imediato, lamber sofregamente o piso cimentado que mais parecia ser de betão armado, tamanha foi a dor que me pregou.
No entanto, o mais interessante é verificar como o companheirismo dos amigos pode, em situações problemáticas, ser imensamente confortável e altruísta.
Ora, independentemente da violência da queda e da grande probabilidade de se ter sofrido uma luxação, o certo é que, nas mediações do incidente, se encontra sempre uma mente sádica e distorcida que se desvia um pouco dos padrões da normalidade.
Comandada pelos instintos mais primitivos, dificilmente resiste em lançar uma bestificada risada, cujo objectivo primordial é o de infligir sobre a vítima a mais pura das humilhações.
Não que eu a pudesse ouvir pois face à colisão encontrava-me no limiar da consciência. No entanto, porque esta é uma situação recorrente entre Stannares, e embora eu me encontrasse num estado profundamente desnorteado (quase comatoso), foi-me possível enxergar pela vivacidade dos gestos obrados, que o cerimonial vexatório tinha iniciado.
Devo dizer que, apesar da sua simplicidade, este é tremendamente eficaz. A um brutal escancarar da boca, ao ponto de se poder observar a olho nu o vibrar da úvula, associa-se um estender de braços que apontam o dedo, como se o estrondo provocado pelo impacto de um corpo desgovernado contra o chão, à mercê das forças da gravidade, não fosse por si só suficientemente chamativo.
O que vale, e por mais incrível que possa parecer, é que nenhuma lesão grave brotou deste espalhafatoso impacto e aos poucos, ainda que a cambalear, lá fui recuperando a orientação.
Finalizo à boa maneira do Império (ao qual dedico esta crónica), mestre nestas coisas do Youtube, com um vídeo que é um autêntico hino às adversidades que surgem quando menos estamos à espera.
Gostei em particular daquele cena em que a câmara está atrás da tabela de basquetebol. Nunca na vida a mascote afundaria aquela! Ao menos, que o leve toque do calcanhar no aro do cesto lhe tenha servido de consolo....
3 comentários:
Ehehehehhe...
Ainda assim repara que apesar de ter sido eu a rir me de ti, fui o unico a ir ter contigo e perguntar sobre a tua integridade fisica....
:p
Não posso experimentar pôr nada no blog, que logo sou galanteado com um comentário.
É que a crónica ainda não estava terminada... mas ok...
…só demonstra o quanto alguns visitantes são dedicados e anseiam por novidades neste espaço...
Quanto ao facto de teres ido ter comigo depois do vexame, a sério que não me lembro de nada... só para veres o estado em que estava...
beijocas
famumbico
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