A eterna questão...

Como é costume, fui hoje ao blogue do meu estimado amigo Império e deparei-me com a sua mais recente crónica que se resumia as estas sentidas palavras:

“Julgo que encontrei novos amigos...”

E que amigos!!!

Nem ao longo da nossa amizade, que data do longínquo tempo em que primeiro pêlo púbico brotou em toda a sua magnificência no meu corpaço, se transpirou tanta dedicação e educação. É certo que o cavalheirismo do Império nunca contagiou os seus compinchas, e muitas foram as vezes, que foi avisado para ter cuidado ao agir com estrema delicadeza e civismo. Para a história fica o burlesco e caricato episódio "Posso comer outra laranja?", e o que daí adveio... mas estas são outras cantigas que num futuro próximo poderão ser narradas.

Retomando o tema do despertar de uma nova amizade, dizer que esta resultou de um debate que foi lançado sobre a eterna questão: "Existirá ou não Deus?" e prendeu a atenção de dois ilustres "experts" na matéria, o Império (ateu) e o Kephas (teísta).

Ou muito me engano, ou se o padre daquele confessionário não põe um ponto final no colóquio, o mais certo é continuarem a conversa para o resto das suas vidas.

Desculpem-me se o meu assumido agnosticismo sarcástico ofende alguma das reveladas “convicções”, mas esta foi a forma “filosófica” que arranjei de não me preocupar muito com um assunto que dá pernas para mangas. Basta reparar, na panóplia de argumentos criados por ambas as partes e no manancial “bibliotecário” a que recorrem para fundamentar as suas teses.

Sem querer meter o bedelho onde não sou chamado, longe de mim despontar tamanha façanha já que o escasso suporte literário que absorvi ao longo dos anos alusivo ao tema não mo permite, e para que a conversa não se alastre para estas bandas, rabisco estas palavras com efémero pretexto de fazer o melhor que sei fazer: recomendar o visionamento de um filme.

E que filme!!!

Parece que às doutrinas ateísta, teísta, deísta, agnóstica e tantas outras posturas filosófico-religiosas existentes por esse mundo fora, se vai juntar uma nova que será, presumivelmente, a mais polémica de todas!!!

Trata-se de uma inteligente fantasia sobre um professor que expõe aos seus colegas de trabalho a inesperada e surrealista revelação que tem cerca de 14 000 anos e sobreviveu a séculos de evolução desde a era Cro-Magnon até ao presente.

E isto é apenas o começo… por isso, mais não digo para evitar inoportunos “spoilers”.

Apenas acrescento que esta obra cinematográfica constitui um desafio intelectual para o Homem quer ao nível espiritual, científico e mesmo histórico e retém no ar a hipotética enunciação “E se ...?”.

Fico então à espera dos novos capítulos do duelo titânico, mas exemplarmente saudável, entre Império e Kephas, acérrimos defensores da "camisola" que envergam, na esperança que o vencedor (caso emerja algum) me possa indicar “o caminho da verdade”!

É que isto de ser agnóstico tem pouco que se lhe diga e pode ser mesmo comparado ao acto "ínsipido" de se ser Benfiquista. Como sofro destas duas "nódoas", a mudança terá que ocorrer por algum lado, se bem que a segunda será um pouco díficil de remover, tão entranhada se encontra. Resta para consolo (pelo menos da vista), o hipnotizante pavonear dos pompons das Cheerleaders...

Continuação de umas boas mini-férias…