O Ambrósio é que sabe...

... não vem envolto num papel dourado, mas sem dúvida que satisfaz o desejo do requinte...

Após esta pequena leviandade, fico com a leve impressão de que, quando chegar a altura de ser julgado pelos meus pecados, dificilmente me livrarei da “suite palaciana” que acabo de reservar por Terras calorosas de Belzebu! Não há, portanto, salvação que me valha!!!!
Mas acreditem!!! No sentido de atenuar a fome por abordar este assunto, várias foram as vezes que, ao longo destes dias, proferi em alto e bom som, e à boa maneira de There Will Be Blood, que eu era um falso ordinário e o pão com caralho era apenas uma superstição (no original I’M A FALSE PROPHET AND GOD IS A SUPERSTITION).

Pois... mais não foi que um ineficaz e silencioso bramido e o resultado está à vista! Nem o pobre coitado do Ambrósio se livrou desta!!!

Desde o início, constatei que este vergonhoso tema pela tentadora inspiração que me inflige iria consentir poucas tréguas, ao ponto de, sistematicamente, atormentar os meus sonhos com diferentes e inacreditáveis formas para assumir a exclusividade deste blogue.

Numa cumplicidade sem precedentes, também se aliou à festa, o meu já assumido gosto por Trilogias (veja-se o exemplo que é o projecto megalómano Luís a Besta, parte 1, 2 e 3), tornando-se impossível conter a apetitosa ideia de fabricar uma terceira rubrica.

No entanto, presumo estarem-se a atingir proporções dramáticas, sobretudo pelo facto de não me sair da cabeça a hipótese de reformular o nome deste espaço para “O blogue do Caralho” que ameaça corroer a pouca de dignidade que ainda me resta.

Acho, portanto, que o melhor seria mesmo ausentar-me durante algum tempo, refugiar-me quem sabe nalgum mosteiro tibetano ou aventurar-me numa jornada eremita de forma a penitenciar a minha despontada fraqueza e realizar uma profunda desintoxicação da imoralidade que me encobre a razão.

Apesar disso, devo informar, para a fúria daqueles que logo começaram a festejar com a suposta possibilidade de se verem livres de mim

e ao invés, para a alegria e alívio dos que se sentiram tristes com esta inesperada procura de absolvição
que tal feito não acontecerá!

Fica, isso sim, a promessa de que nos próximos tempos farei de tudo o que estiver ao meu alcance, para tentar esquecer este fenómeno que tem tanto de fascinante e inspirador quanto de desconfortável e imoral… mas só, é claro, por enquanto...

Afinal, hoje é noite de Óscares!!!