Várias são as propostas que, nestes últimos anos, o novo cinema de terror francês tem apresentado, umas mais interessantes do que outras, como é o caso de Haute Tension (2003) ou de Calvaire (2004).
No entanto, comparados com a violência chocante e o grafismo extremo/sadístico de À L'Intérieur ou de Frontières, mais parecem um qualquer filme televisivo de domingo à tarde.
Estes últimos revêem-se na onda de acontecimentos recentes em França, reflexo de uma época de convulsões sociais, motivadas por tensões raciais e pelo descontentamento de jovens de etenias minoritárias que face ao desemprego sentem-se excluídos da sociedade. Tal está presente mais ao de leve no primeiro do que no segundo, que começa no meio do caos, com um grupo de jovens a fugir da polícia.
No entanto, apenas vou analisar Á L’Intérieur que, sem sombra de dúvidas, é a melhor destas duas propostas. Frontières peca um pouco pela falta de originalidade e, por isso, não evita uns quantos clichés, influências do género porn/torture bem vincados em filmes “americanizados” como Hostel e Saw.
Ainda assim, pela coragem dos envolvidos nesta produção, que faz com que Hostel pareça um episódio do Noddy, fica a referência e também o trailer, mas só para os mais curiosos:
Quanto a À L'Intérieur. O que dizer?
Que as palavras simplesmente não conseguem descrever a experiência alucinante e psicótica que este filme proporciona. Mesmo assim, vou tentar dar o meu melhor...
À L'Intérieur é um filme extremamente brutal e constrói uma atmosfera excepcionalmente grotesca, de tal forma que fico com a ideia que o sangue utilizado, provavelmente, era real.
O filme conta a história de uma mulher grávida envolvida num acidente de carro, que termina na morte trágica do seu marido.
Entretanto, ela consegue recuperar dos graves ferimentos e, a um dia de ter o filho, decide passar a noite sozinha em casa .
É aí, que a coisas começam a desmoronar-se e uma luta inesperada pela sobrevivência toma início…
Os filmes de terror, que vi ao longo destes anos, foram tantos que já lhes perdi a conta, mas, mesmo assim, este teve o mérito de me provocar não só um leve formigueiro na barriga, como também, de comando na mão, pôr-me a matutar se deveria continuar a vê-lo ou não!
Um aventura estranha, louca e assombrosa, sim!!!
Mas, ao mesmo tempo, fantástica pelo seu realismo que consegue tirar da cartola uns quantos sustos, numa altura em que eu achava que tal façanha dificilmente seria possível. Existe inclusive uma aterrorizante e tenebrosa cena, que me lembra o genial terror psicológico presente em obras primas como The Shinning e A Tale of Two Sisters.
Dois filmes a não perder, em particular, como já fiz questão de salientar, L'Intérieur, caso sejam fãs de terror da "pesada", e se têm, é claro, um estômago bastante resistente…
... para que depois não digam que não avisei e que, por isso, “bomitaram” tudo!!!
7 comentários:
dasse!... Só vi o trailer e já bomitei tudo...
DEcididamente nao tenho estomago para isto...
Será pior que o Exorcista?
grande
Xau!!......... tu és um maluco.
Come mas é umas broinhas de mel para depois BOUMITARES tudinho!...
Olá Stannar Pepe!É a primeira vez que venho ao teu blog...O meu comentário não tem nada a ver com a tua crónica mas é apenas para te dar o meu apoio em relação ao tal João Fonseca porque referenciaste o meu nome no blog dos Stannares.Tu não me conheces, mas eu conheço-te...e estou contigo!!!Manda-o áquele sítio...
Tás a ver Pepe, o templário existe!!!
Tás a ter bastante apoio no blog dos stannares.
Império:
O Exorcista, comparado com estes dois, ou qualquer outro dos filmes mencionados ao longo da crónica, é "música no coração" para os nossos ouvidos e olhinhos!
Depois faço-te um cópia, pelo menos de: À L'Intérieur e A Tale of Two Sisters.
Quanto a este último, dizer também, que em breve, irá ter direito a um merecido tempo de antena neste espaço.
Já agora... obrigado a todos pela compreensão da minha revolta... é que há coisas que tiram-me do sério!!!
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