Mais vale tarde do que nunca…
… ainda que falar de “Cross”, álbum de estreia dos “Justice” lançado o ano passado (na minha opinião um dos melhores dos últimos tempos no que diz respeito à música electrónica), decididamente não é uma perda de tempo.
Poucos são os discos que me deixam entusiasmado mal começo a ouvi-los.
Consequências óbvias da idolatração de uma banda que se dá pelo nome de Radiohead, que pela sua incomparável genialidade faz com que restem poucas alternativas aprazíveis de serem ouvidas.
No entanto, posso dizê-lo com confiança que este é um deles, inclusive afirmar ingenuamente que este foi um caso de amor à primeira vista ou, mais correctamente, “escutadela”.
Mal se começa a ouvir “Génesis", música que introduz exemplarmente o álbum, cedo se percebe da qualidade deste duo Francês, que patenteia influências dos seus conterrâneos Daft Punk e Air, servindo-se aqui e ali de uns leves retoques sonoros dos The Chemical Brothers.
Não se enganem!
Os nomes bíblicos das partituras Génesis, Let There Be Light ou Waters of Nazareth, bem como, o símbolo da capa, não constituem nenhum plano premeditado de espalhar qualquer mensagem “divina” ou escritura “sagrada”.
Longe disso! O intuito é, esse sim, promover o livre arbítrio de juízos e escolhas, através de contagiantes ritmos de dança, seja qual for a religião ou crença da pessoa que os ouve.
Aliás, D.A.N.C.E., nome do 1º “single” prova isso mesmo, continuando a ser o tema mais “badalado” do álbum, ainda que este deva ser interpretado como se de uma só música se tratasse.
“Cross” define um movimento, conhecido nos meios alternativos como nu-Rave, no qual os “Justice” combinam pesadas “guitarradas” com umas batidas electrónicas e aprazíveis teclados, criando uma singular fusão entre “dance music” e rock.
Sem qualquer juízo desdenhoso aos últimos trabalhos dos Daft Punk, este feito dos “Justice” constituiu para o ano de 2007 o que foi para o ano de 1997 “Homework”.
Um clássico instantâneo, preenchido por sons poderosos e harmoniosas melodias que imediatamente ficam no ouvido e inconscientemente nos compulsam involuntários passos de dança.
Fica o alerta:
Se são daqueles que não gostam de fazer “figurinhas tristes” na rua, então o melhor é não o ouvirem em locais públicos, pois o mais certo é começarem instintivamente a agitarem-se contra a vossa própria vontade.
Devo acrescentar também, que estes rapazes não se regem apenas pelas suas músicas e a cada novo single, um magnífico e inovador videoclip é criado.
No entanto, nenhum outro foi tão polémico e discutido como “Stress”. Basta reparar nos comentários deixados no Youtube.
Assim sendo, aqui fica o clip, para que possam tirar as vossas próprias conclusões:
Apesar de não partilhar da maioritária e redutora interpretação que classifica o vídeo de um mero incentivo à violência, este não se coíbe de me avivar a memória dos traumáticos episódios de selvajaria e aperreação experienciados durante a minha adolescência.
Pois, quantos não foram os finais de tarde escolares em que eu rezava aos deuses da misericórdia, para que a curta viagem de regresso a casa ocorresse sem mostras de violência e pancadaria da grossa.
Digo isto porque era um hábito recorrente, aglomerarem-se no portão da minha escola preparatória, bandos de “anormais” vindos de outras paragens (onde a escumalha é produzida em série) para, ao acaso, acertarem o “passo” na primeira “presa” que avistassem, com uns valentes tabefes e biqueiradas.
Mas pronto, passado é passado… e o que importa é que sobrevivi!
… ainda que falar de “Cross”, álbum de estreia dos “Justice” lançado o ano passado (na minha opinião um dos melhores dos últimos tempos no que diz respeito à música electrónica), decididamente não é uma perda de tempo.
Poucos são os discos que me deixam entusiasmado mal começo a ouvi-los.
Consequências óbvias da idolatração de uma banda que se dá pelo nome de Radiohead, que pela sua incomparável genialidade faz com que restem poucas alternativas aprazíveis de serem ouvidas.
No entanto, posso dizê-lo com confiança que este é um deles, inclusive afirmar ingenuamente que este foi um caso de amor à primeira vista ou, mais correctamente, “escutadela”.
Mal se começa a ouvir “Génesis", música que introduz exemplarmente o álbum, cedo se percebe da qualidade deste duo Francês, que patenteia influências dos seus conterrâneos Daft Punk e Air, servindo-se aqui e ali de uns leves retoques sonoros dos The Chemical Brothers.
Não se enganem!
Os nomes bíblicos das partituras Génesis, Let There Be Light ou Waters of Nazareth, bem como, o símbolo da capa, não constituem nenhum plano premeditado de espalhar qualquer mensagem “divina” ou escritura “sagrada”.
Longe disso! O intuito é, esse sim, promover o livre arbítrio de juízos e escolhas, através de contagiantes ritmos de dança, seja qual for a religião ou crença da pessoa que os ouve.
Aliás, D.A.N.C.E., nome do 1º “single” prova isso mesmo, continuando a ser o tema mais “badalado” do álbum, ainda que este deva ser interpretado como se de uma só música se tratasse.
“Cross” define um movimento, conhecido nos meios alternativos como nu-Rave, no qual os “Justice” combinam pesadas “guitarradas” com umas batidas electrónicas e aprazíveis teclados, criando uma singular fusão entre “dance music” e rock.
Sem qualquer juízo desdenhoso aos últimos trabalhos dos Daft Punk, este feito dos “Justice” constituiu para o ano de 2007 o que foi para o ano de 1997 “Homework”.
Um clássico instantâneo, preenchido por sons poderosos e harmoniosas melodias que imediatamente ficam no ouvido e inconscientemente nos compulsam involuntários passos de dança.
Fica o alerta:
Se são daqueles que não gostam de fazer “figurinhas tristes” na rua, então o melhor é não o ouvirem em locais públicos, pois o mais certo é começarem instintivamente a agitarem-se contra a vossa própria vontade.
Devo acrescentar também, que estes rapazes não se regem apenas pelas suas músicas e a cada novo single, um magnífico e inovador videoclip é criado.
No entanto, nenhum outro foi tão polémico e discutido como “Stress”. Basta reparar nos comentários deixados no Youtube.
Assim sendo, aqui fica o clip, para que possam tirar as vossas próprias conclusões:
Apesar de não partilhar da maioritária e redutora interpretação que classifica o vídeo de um mero incentivo à violência, este não se coíbe de me avivar a memória dos traumáticos episódios de selvajaria e aperreação experienciados durante a minha adolescência.
Pois, quantos não foram os finais de tarde escolares em que eu rezava aos deuses da misericórdia, para que a curta viagem de regresso a casa ocorresse sem mostras de violência e pancadaria da grossa.
Digo isto porque era um hábito recorrente, aglomerarem-se no portão da minha escola preparatória, bandos de “anormais” vindos de outras paragens (onde a escumalha é produzida em série) para, ao acaso, acertarem o “passo” na primeira “presa” que avistassem, com uns valentes tabefes e biqueiradas.
Mas pronto, passado é passado… e o que importa é que sobrevivi!
3 comentários:
finalmente encontrei os teus filmes!!!!
temos que nos encontar. quem sabe lá em casa para mais um jantar. heim?
Já há muito que não cravas um...
Grande musica pepezito.. sempre em cima do acontecimento como de costume...
Vou ter que investigar esta banda. :P
Mas a verdade que tu é que andavas a bater nos outros quando eras novo. Eu proprio apanhei umas boas sovas tuas quando andavamos na escola. (terá sido masoquismo?)
eheheheheh
Abraço shibo
Romain Gavras made this amazing new clip for the track Stress by French band Justice.
The clip is about youth in the French suburbs and how violence has become a way of life.
The video is shot documentary style and shocking realistic.
I hadn’t seen something like this for a while, interesting to see how Gavras and Justice use the video clip to spread a message.
High quality Quicktime file here:
http://project.75.tv/justice_stress-directed-by-romain-gavras-/thumb.php?id=0
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